Sunday 24 October 2010

I HAVE ALREADY BEEN THERE!



Estilo: Destinos & Roteiros
3 recomendações









A meio caminho entre Santos e o Rio de Janeiro, na divisa entre os dois estados, Parati é o equilíbrio perfeito entre quem busca praias exuberantes e monumentos históricos, e como um maravilhoso bônus, um clima pacato e interiorano: acolhedor e simpático sem perder a sofisticação.


Praias magníficas

Parati – Uma jóia do ciclo do ouro

Parati foi fundada no início do século XVI, e teve pouca relevância no cenário histórico nacional em suas primeiras décadas de vida, dedicando-se à plantação da cana de açúcar. A escolha da cidade como principal porto de escoamento de outro e pedras preciosas vindas de Minas Gerais, no entanto, mudou completamente o cenário. A então pacata vila foi quase instantaneamente alavancada ao status de uma das mais influentes e poderosas cidades da colônia, com habitantes requintados e um próspero comércio.

Elegantes palacetes foram erguidos para os moradores mais ilustres e resplandecentes igrejas ornamentadas com obras de arte e ouro foram rapidamente edificadas, para refletir o status e ostentar as glórias recém adquiridas.


O belo conjunto colonial de Parati


Tanta riqueza não tardou a chamar a atenção dos temíveis piratas, obrigando a colônia a criar uma forte estrutura de defesa. Uma rápida caminhada a partir do centro da cidade – pouco mais de quinze minutos – conduz até o Forte Defensor Perpétuo, cuja construção remonta a 1703. Além de canhões de diversos períodos históricos, que seguem expostos no local, a vista da baia de Parati é uma atração à parte.

O casario colonial é uma lembrança viva da riqueza do ciclo do ouro, e com suas eiras e beiras seguem orgulhoso ostentando suas cores vibrantes por todo o centro da cidade. Muitos destes palacetes tornaram-se confortáveis hotéis, com mobília colonial, decoração artística e aquele clima histórico que ajuda em muito a sensação de viagem no tempo.

Modificações do caminho de escoamento dos minérios trouxeram o declínio da prosperidade, ligeiramente revivido durante o ciclo do café, mas foi inevitável... Parati perdeu completamente sua importância econômica por volta da metade do século XIX, para tristeza de seus ricos habitantes, mas, para a sorte dos turistas, que a reencontraram uma centena de anos depois, como uma formosa capsula do tempo.


Símbolos maçonicos na fachada dos sobrados

Maçonaria a céu aberto

Os maçons chegaram ainda no século XVIII, fugindo de perseguições, e encontraram um ambiente fértil e tolerante em Parati. A liberdade encontrada na cidade propiciou uma situação bastante singular: se na Europa precisavam se encontrar em segredo, sua presença em Parati pode ser notada abertamente por toda a cidade.

Os sobrados cujos proprietários eram maçons possuem faixas com símbolos geométricos de linguagem codificada. Quanto maior o grau do proprietário na hierarquia da sociedade secreta, mais intricados os símbolos na fachada da residência.


Parati by night


Menos visíveis, mas igualmente notáveis são as influencias no próprio planejamento urbano da cidade, como o fato das casas do centro histórico que ficam em esquinas ostentarem três cunhais de pedra formando um triângulo imaginário, e o centro histórico de Paraty ter exatamente 33 quarteirões, um número de forte simbologia maçônica. As plantas das casas foram feitas na escala 1:33.33, e creia, não é apenas coincidência.

Restaurantes, Agito e Cachaça

A culinária de Parati é reconhecida com uma das mais ricas do Brasil, reverenciada por experts e guias culinários. Há de tudo: desde estrelados restaurantes de cozinha internacional a simples e saborosa culinária caiçara, passando até mesmo por uma sorveteria italiana que não faz feio diante de suas co-irmãs européias.

Boa parte dos cafés e restaurantes, após servirem seus jantares, oferece shows com música ao vivo, e os mais animados viram madrugada adentro agitando a noite nos antigos casarões de Parati.


Praias paradisíacas

Outra grande fonte de renda do município desde os primórdios coloniais é a produção de cachaça. Estima-se que havia mais de 150 alambiques na região em 1850 e a qualidade do destilado tornou-se conhecida por todo o reino. Para nossa sorte, a tradição continua firme, e a “água que passarinho não bebe” produzida em Parati continua sendo motivo de orgulho aos habitantes da região.

Passeios de Escuna, Ilhas, Parques e Praias

Quem não foi ao Vaticano não conhece Roma, certo? Pois ir a Parati sem fazer um passeio de escuna é uma heresia semelhante! Muitas são as opções e os horários, e quase todos incluem escalas em uma das dezenas de ilhas da região... E, vistas maravilhosas! Os programas são um pouco “enlatados”, com aquele jeitinho de “para inglês ver”, mas ainda assim valem muito à pena.

Não muito distante do centro histórico fica a belíssima Vila de Trindade, e onde anteriormente se abrigavam piratas à espreita por um bom saque, os hippies fincaram suas bandeiras na década de setenta, adotando um estilo de vida alternativo e pacífico. Hoje seus descendentes recebem os turistas com animada cortesia, e as praias praticamente intocadas da região são a alegria dos apreciadores de mar e natureza.

Mas há ainda mais opções para suas férias em Parati. Diversas cachoeiras serpenteiam pelas serras e o Parque da Serra da Bocaína oferece agradáveis caminhadas, além de trechos perfeitamente preservados do antigo “Caminho do Ouro” pavimentado por escravos sobre antigas trilhas indígenas.

Vale reservar alguns dias para descobrir a sua própria Parati!


Eu Já Fui!

Sunday 10 October 2010

FLAUBERT ET BOVARY,,,

Emma Bovary e a realidade paralela!

A personagem mais famosa de Flaubert criava sonhos e imagens românticas para preencher o vazio de uma vida repleta de insatisfações; crises de epilepsia e alucinações teriam feito o autor pensar na força psíquica da fantasia


por Sebastien Dieguez






Considerada a obra mais importante do francês Gustave Flaubert, Madame Bovary não tem nada de um romance de suspense moderno. Trata-se da história banal de uma mulher mal casada que trai o marido, o arruína e acaba se suicidando, por ter se perdido, perseguindo quimeras inspiradas em romances “água com açúcar”. De onde vem, então, o fascínio exercido por essa mulher cuja única particularidade é sonhar com aventuras maravilhosas, enquanto leva uma vida comum? A descrição de seus estados de espírito é tão precisa que foi forjado um termo para designar o mal que a consome: o bovarismo.


O ensaísta Jules de Gaultier propôs esse termo em dois livros sucessivos: primeiro, em Le bovarysme, la psychologie dans l’oeuvre de Flaubert (O bovarismo, a psicologia na obra de Flaubert), de 1892, e em seguida em Le bovarysme, essai sur le pouvoir d’imaginer (O bovarismo, ensaio sobre a capacidade de imaginar), de 1902: “Emma personificou essa doença original da alma humana, para a qual seu nome pode servir de rótulo, se entendermos por ‘bovarismo’ a faculdade que faz o ser humano conceber a si mesmo de outro modo que não aquele que é na verdade”. Ou seja, o bovarismo consiste em “se imaginar diferente do que se é”. Essa capacidade remete não a uma fraqueza de caráter, mas a um funcionamento psicológico, típico da espécie humana.


Podemos pensar que há um bovarismo intelectual e um sentimental, e cada um apresenta tanto aspectos “normais” quanto patológicos. Estes últimos representam o falseamento exagerado da concepção de si mesmo e a ausência de senso crítico em relação a um erro cometido. O bovarismo clínico implica não nos darmos conta de que imaginamos a nós mesmos de maneiras muito diferentes do que realmente somos.





Mas voltemos a Emma. Qual a origem de sua patologia? Gaultier questiona inicialmente sua educação em um colégio de freiras freqüentado por garotas da alta sociedade, onde aos 13 anos ela foi submetida à influência de uma “garota mais velha”, que lhe disse para ler as “sagas sentimentais” e lhe deu alguns livros. “Aquilo tudo não passava de amores, amantes, mulheres perseguidas e desmaiando em locais solitários, bosques sombrios, males de amor, juras, soluços, lágrimas e beijos, homens fortes como leões, suaves como cordeiros, virtuosos como nunca se é, sempre bem vestidos e que choram como bebês.” O efeito teria sido imediato: “Ela teria passado a sonhar em viver em algum velho palacete, como as castelãs de longos corpetes, que sob o trevo das arcadas passam os dias com o cotovelo na pedra da janela e o queixo apoiado na mão, olhando ao fundo da paisagem, para ver se do campo chega algum cavaleiro com uma pluma branca no chapéu, galopando um corcel negro”. Essa “atraente fantasia da realidade sentimental” em uma idade precoce marcaria seu desenvolvimento e se intensificaria com o passar do tempo. 



O apogeu do bovarismo na psiquiatria se deu nos anos 30, na França. Em 1906, o psiquiatra Philibert de Lastic, em sua tese La pathologie mentale dans les oeuvres de Gustave Flaubert (A patologia mental nas obras de Gustave Flaubert) fazia de Emma uma “degenerada”, provavelmente histérica. Segundo ele, “o bovarismo patológico não passa de falta de capacidade de se adaptar à realidade”. Mais tarde, seria feita uma aproximação com a paranoia, da qual o bovarismo seria uma versão mais branda, mas comportando os mesmos sintomas – superestimação de si mesmo, desconfiança, erro de julgamento e falta de habilidade no convívio social. Mais tarde, outros psiquiatras incluíram noções de mitomania, ao definir o bovarismo como “capacidade de imaginar a si mesmo melhor do que se é” (e não apenas diferente).






No momento em que a heroína do romance conhece Charles, seu marido, ainda está sob influência da nostalgia do colégio de freiras e dos sonhos e histórias com “anjinhos de asas douradas, madonas, lagos e gondoleiros”. Acredita ter encontrado o amor, mas muito rapidamente se decepciona. Pouco depois do casamento, ela é tomada por um “inefável mal-estar, que muda de aspecto como as nuvens e turbilhona como o vento”. Na verdade Charles é insípido e está a léguas de corresponder à ideia que ela fazia dos homens. A conversa dele é plana, rasa, e suas palavras desfilam sem provocar nenhuma emoção, riso ou sonho. Ele não tem talento, ambição e nada parece realmente interessá-lo.Inevitavelmente, Emma acaba por se perguntar se não haveria como conhecer outro homem. Nesse momento, a protagonista já vive em um mundo paralelo à morna realidade que a cerca. Esses devaneios se tornarão exacerbados quando ela tiver ocasião de participar de um baile da alta sociedade.



O encontro entre o fogo e a neve









Flaubert sofreu a primeira crise epilética em 1844, aos 22 anos. E seguiram- se outras. Sem motivos consideráveis, o escritor erguia a cabeça e empalidecia ao sentir o sopro misterioso que parecia tocar sua face, e seu olhar se enchia de angústia. Então soltava um gemido, e sobrevinha a convulsão: todo o seu ser entrava em trepidação, que sucedia inevitavelmente um sono profundo. Pierre- Marc de Biasi, especialista em Flaubert, sugeriu um paralelo entre Madame Bovary e as crises de seu criador. Estas se assemelham à sofrida por Emma pouco antes de decidir-se pelo suicídio. “Ela mergulhou no estupor. Só o que doía nela era seu amor, e ela sentia sua alma abandoná-la junto com as recordações. De repente, ela teve a impressão de que glóbulos cor de fogo explodiam no ar, como esferas fulminantes que se achatavam e rodopiavam até derreter na neve. Até que tudo desapareceu.”





Ali ela sente “o roçar da riqueza”. Ao ver os aristocratas, ela deseja conhecer a vida deles, penetrar nela, misturar-se a ela. De volta à tristonha casa de campo, lembranças da festa assumem a forma de ações inocentes, no início: “Ela comprou um mapa de Paris, e com a ponta do dedo deslizando sobre ele, fazia compras na capital”. Passou, então, a devorar todas as notícias sobre peças teatrais, lançamentos de produtos, festas e inaugurações. Sabia o que estava na moda e qual o endereço dos bons costureiros.

Mais tarde ela conhece dois homens que considera maravilhosos. A verdadeira natureza de ambos, porém, se revela aquém de suas expectativas. O tímido Leon se parece bastante com o homem de seus sonhos, pois também vive em um mundo imaginário. Já Rodolphe conhece em suas amantes a tendência para o bovarismo e as explora sem o menor escrúpulo: “Emma se parecia com todas as outras amantes e o encanto da novidade, que foi caindo por terra, como uma peça de roupa, deu lugar à monotonia da paixão, que sempre tem as mesmas formas e a mesma linguagem.”

A cada desilusão, Emma é tomada de uma estranha “doença nervosa”. E para se curar ela se volta primeiramente para o marido, busca leituras mais sérias, e por fim abraça a religião. Mas sempre tem recaídas e, confundindo faltas, choraminga pelo veludo que não tem, pela felicidade que lhe falta, pelos sonhos impossíveis, pela casa pequena demais.





A intensidade imaginativa constitui a face produtiva do bovarismo – a protagonista aspira a algo, tenta escapar de sua condição. Todos os demais personagens do romance são prodigiosamente desinteressantes. Mas a heroína não contém o excesso de romantismo e desenvolve uma série de sintomas. Podemos dizer que esses são os sinais negativos do bovarismo e eles são numerosos, pois Flaubert oferece ao leitor um verdadeiro catálogo clínico das doenças da modernidade. Cada vez que vê suas esperanças destruídas, seus projetos contrafeitos e seus devaneios remetidos à realidade, Madame Bovary mergulha em uma estranha doença: sofre de torpores, calores, palpitações, sufocamentos, fica pálida, emagrece a olhos vistos, treme, chora, desmaia. Fica deprimida, irritadiça, exaltada, mente, mostra-se descontrolada e até má. Perde completamente o interesse pela filha e às vezes a detesta abertamente. E ainda manifesta uma “febre cerebral”, além de insônia e enxaqueca.

Emma talvez seja a primeira personagem que se encaixa na descrição clínica da compulsão por fazer compras, a ponto de pôr a família em grave risco financeiro. Como não consegue estancar sua sede de romantismo, ela se volta para bens materiais, que ficam praticamente de imediato esquecidos no fundo do armário. Por fim ela terá alucinações, em especial em sua fase pseudomística, e manifestará sintomas semelhantes aos das histéricas atendidas no Hospital da Salpêtrière.

A descrição de Emma leva inevitavelmente à conclusão de que Flaubert pesquisou sobre a histeria. É verdade que na época em que o romance foi escrito havia grande interesse por fenômenos como histeria, hipnose, neurose e dupla personalidade. Em 1880, durante uma discussão sobre a dupla personalidade de mulheres possuídas, demonizadas e sonâmbulas, o ganhador do Nobel de Medicina Charles Richet, praticante do exorcismo, disse: “Emma Bovary é uma histérica branda”. Ainda hoje a histeria é muitas vezes utilizada como expediente sexista, para desqualificar comportamentos femininos considerados inadequados. E Madame Bovary continua presente nessa discussão.





Por meio de sua personagem, o autor faz críticas a dois aspectos que considera os mais destacados de sua época – o tédio e a estupidez. A respeito do primeiro ele chegou a esboçar uma teoria. Segundo Flaubert, existem dois tipos de tédio: o comum, do qual todos sofremos em algum momento, e o tédio moderno, típico de uma geração, que caracteriza um mundo de progresso que oferece distrações fictícias e uma vida baseada no senso comum, desprovida de surpresas. Emma é uma desocupada, essa é a verdade. Seus sonhos são inacessíveis e a remetem a um mundo que simplesmente não existe. A monotonia lhe é insuportável: “Seu coração ficou vazio mais uma vez, e então recomeçava a mesma sequência de dias. E eles se seguiriam assim, um depois do outro, sempre iguais, incontáveis, e não trazendo nada! O futuro era um corredor escuro, no fim do qual havia uma porta bem fechada”. E de alguma forma todos os personagens do romance são vítimas dessa monotonia. No momento em que Flaubert escreve, pode-se dizer que o romantismo está morto e enterrado, e só sobrevive como objeto de zombaria. O que realmente desespera Emma é a imensa defasagem entre o que vive e aquilo a que aspira, assim como o fato de estar convencida de que, mais do que ninguém, tem o direito de realizar seus sonhos. Ou seja, Flaubert consegue a proeza de fazer um romance de sucesso cujo tema principal é o tédio.

O segundo assunto, que também permeia toda a obra do autor, é a estupidez, característica da qual nem Emma nem nenhum outro personagem do romance escapam. Parece ser com imenso prazer que Flaubert escreve diálogos insípidos e cheios de clichês. A protagonista não se dá conta do absurdo de seus desejos, não consegue olhar a realidade de frente, não faz nada de efetivo para melhorar a própria sorte ou tentar compreender seu comportamento – e não tem o menor interesse pelas preocupações alheias. Ela simplesmente não tem os recursos que lhe permitiriam compreender o mundo que a cerca e analisar seus limites. Mas Flaubert consegue poupá-la, mostrando outros personagens tão estúpidos quanto ela, se não mais, por exemplo, o político que faz um ruidoso discurso em uma reunião agrícola, ou o farmacêutico Homais, que despeja uma coleção de ideias feitas sobre todos os assuntos possíveis.

Podemos considerar que o bovarismo consiste em um desdobramento da vida consciente, entre imaginário e realidade. Por ocasião de suas crises epiléticas (ver quadro na pág. 69), enquanto alucinava e se via invadido por diversas sensações, Flaubert parecia manter a razão, ao menos enquanto não desmaiava. Ele fala disso em suas cartas: “Havia dentro de meu pobre cérebro um turbilhão de ideias e imagens nas quais eu tinha a sensação que minha consciência, que meu ser afundava, como uma nau sob a tempestade. Mas eu me agarrava à razão. Ela dominava tudo, apesar de sitiada e atacada”.





Em seguida, em outra carta: “Eis o que eu sentia quando tinha alucinações: primeiro, uma angústia indeterminada, um mal-estar vago, um sentimento de espera sem dor, como acontece na inspiração poética, quando sentimos ‘que alguma coisa vai chegar’. Depois, de repente, como um raio, a invasão, ou melhor, a irrupção instantânea da memória, pois a alucinação propriamente dita é só isso – ao menos para mim. É uma doença da memória, um afrouxamento daquilo que ela contém. Sinto ver as coisas falsas – saber que é uma ilusão, ter certeza disso, e no entanto vê-las com uma clareza tal, como elas fossem reais. Na alucinação pura e simples podemos perfeitamente ver uma imagem falsa com um olho, e os objetos verdadeiros com o outro. “Aliás, é justamente esse o suplício”.

Flaubert estava, portanto, familiarizado com a ideia de que existem dois caminhos no pensamento humano: o das sensações ordinárias, da realidade, e o de um universo produzido como se fosse um paralelo do outro. O escritor tinha consciência do risco de se perder no mundo das alucinações e da importância de distingui-lo da inspiração criadora, voltada para o real.
Em 1883, o escritor Paul Bourget descrevia assim sua versão do bovarismo, antes mesmo que Jules de Gaultier criasse o termo: Emma é vítima “de ter conhecido a imagem da realidade antes da realidade, a imagem das sensações e dos sentimentos antes das sensações e dos sentimentos”. Bourget via nessa tendência o reflexo do constante “processo de antecipação literária”, em Flaubert. Também é possível ver aí o reflexo da sintomatologia epilética e das alucinações que o acometiam.

Emma nunca teve consciência do único talento que compartilhava com Flaubert – sua sensibilidade exacerbada. “Mas, então, o que é que a tornava infeliz? Onde estava a catástrofe extraordinária que a perturbava? E ela ergueu a cabeça, olhando em volta de si, como que à procura da causa do que a fazia sofrer.” Flaubert, ao contrário, tinha profunda consciência dessa dor – conseguiu catalisá-la em sua obra.







Sebastien Dieguez é neuropsicólogo no centro hospitalar universitário Vaudois, em Lausanne, Suíça.





TALK TO ME...

Uma boa conversa pode melhorar seu humor!

Pessoas mais felizes costumam manter diálogos construtivos e inteligentes, falando do que realmente pensam e sentem, de seus planos e desejos.




Está se sentido desanimado ou de mau humor? Emitir comentários ou propagar boatos não vai ajudar em nada. Já uma boa conversa sobre o que os interlocutores realmente pensam e sentem pode ajudar a levantar o astral. Pelo menos é isso que garante um estudo recém-publicado no periódico Psychological Science. Para chegar a essa conclusão pesquisadores das universidades do Arizona e de Washington, nos Estados Unidos, usaram um aparelho discreto para gravar a conversa de 79 estudantes durante quatro dias. Depois analisaram os discursos e determinaram quantas de suas falas foram superficiais e banais (“O que você está comendo? Pipoca?”) e quantas pareciam mais significativas e “profundas” (“Como você está se sentindo em relação a essa situação? O que pensa sobre aquele assunto?”). 

Após a avaliação dos discursos, os especialistas pediram aos voluntários que respondessem questionários e que seus amigos próximos relatassem quanto pareciam estar felizes e satisfeitos com a vida que levavam. Por meio da junção dessas respostas os cientistas conseguiram “medir” o bem-estar dos voluntários. 

Os “felizes” passaram 70% mais tempo conversando sobre assuntos consistentes (como ideias, planos, desejos, sentimentos ou mesmo inquietações). Segundo o psicólogo Matthias Mehl, pesquisador da Universidade do Arizona e um dos coordenadores do estudo, esse fato sugere que o tempo que uma pessoa gasta na presença das outras é um bom indicativo de seu “nível de felicidade”. Mas não basta ter
companhia é fundamental cultivar relacionamentos sólidos e confiar naqueles com quem convivemos – ou pelo menos em alguns – a ponto de nos sentirmos seguros para expressar o que realmente acreditamos, queremos e tememos. 

Os voluntários satisfeitos tiveram duas vezes mais diálogos “importantes” que os demais. Mehl admite que é difícil determinar causa e efeito: ele reconhece que não sabe se uma interação construtiva pode tornar as pessoas mais contentes ou se os mais felizes tendem a conversar de forma consistente com maior frequência. Para descobrir isso, ele e seus colegas estão realizando outros estudos nos quais voluntários desenvolvem diferentes tipos de conversa. Até agora, os resultados sugerem que manter pelo menos cinco conversas construtivas semanais pode ser benéfico para o humor. Algumas mulheres, que adoram discutir a relação, já têm agora um argumento científico para tentar convencer o parceiro a dialogar.


LET´S SAVE OUR PARADISE!

A natureza não tem preço


Por que, além do valor econômico, a diversidade natural do planeta tem importância ética, estética e até espiritual para nossa civilização
HAROLDO CASTRO (TEXTO E FOTOS)

Haroldo Castro
DÁDIVA
O Lago Umm El Maa, no Deserto Ubari, na Líbia. Além da água, o oásis oferece paz e serenidade ao viajante
A caminhonete sobe a duna até onde o motor aguenta, encontra uma área plana e para. “Use as pernas para chegar ao topo. Não desista, a recompensa é valiosa”, diz o líbio Ali Mahfud, avisando que não participará do último esforço. Escolho subir a duna amarela, quase dourada, em zigue-zague. E descalço. Mais fácil vencer a montanha sem sapatos. A cada passo, a ascensão se torna mais pesada e os pés se enterram na areia fofa. Sigo em frente, impulsionado por minha teimosia. Meia hora depois, chego ao ápice. Meus olhos deixam de observar o chão, buscam o horizonte e encontram a surpresa que Ali antecipara. Descubro um lago de água cristalina, rodeado de palmeiras – o ícone perfeito de um oásis. Como imaginar que, em um mar infinito de areia, possa brotar tanta vida? Mais comovido que cansado, sento no cume da duna para contemplar a paisagem. É uma natureza pura, de cores límpidas: o azul-claro do céu, o azul-escuro do lago, o verde das tamareiras e o dourado pálido da areia. A beleza, simples e serena, me toca. Meu corpo reage com um profundo suspiro. Sinto um misto da felicidade de adolescente apaixonado e da tranquilidade de um sábio ancião. Sei que a cena ficará tatuada durante décadas em minha mente e em meu espírito. É um daqueles instantes em que afirmamos, sem timidez, que vale a pena estar vivo.


O contato direto com a natureza pode gerar emoções profundas no ser humano – principalmente no ser urbano que trocou, nas últimas décadas, seu cotidiano do campo pelo da cidade. Pouco mais da metade (50,5%) dos 6,7 bilhões de habitantes do planeta vive hoje em cidades e não convive mais com o ciclo rural de plantio e colheita, tão básico para nossos antepassados. “Ir ao supermercado e comprar um alimento congelado facilitou nossa vida, mas também rompeu o elo de coexistência que existia entre nós e a Terra”, afirma Catarina Menucci, paisagista e criadora do ecomercado Avis Rara, de Campinas, em São Paulo. “Vivemos cada vez mais longe da natureza.” Esse distanciamento é uma equação pessoal. Cada indivíduo tem uma necessidade particular de estar mais tempo – ou menos – em um ambiente natural. s Mas a baixa qualidade do ar, a poluição sonora e o caos visual de uma cidade não podem ser comparados com a experiência de caminhar por uma floresta tropical, de nadar em um rio cristalino ou de conhecer uma praia inabitada. Ou descobrir um oásis no Saara.

Um dos principais valores não monetários da natureza é a sensação de prazer e conforto provocada por sua harmonia estética. “Quando estou dentro de uma floresta, vejo a beleza de tudo e me conecto com o ciclo interminável da vida. Posso entender melhor por que as espécies evoluem e se adaptam”, diz Elda Brizuela, conservacionista e cineasta da Costa Rica. “Destruir esse espaço é como arrasar algo que é parte de minha alma.” A relação entre natureza e alma parece ser óbvia para quem busca inspiração do mundo natural em seu trabalho. “A natureza me traz paz interior e me ajuda a estar mais próximo de mim mesmo”, diz o artista plástico e webdesigner João Makray. “É a melhor forma para esquecer os problemas banais do cotidiano e alimentar minha criatividade.” Makray passou semanas visitando dezenas de cachoeiras, rios e matas para desenhar as gravuras do livro Orixás, no qual as divindades da tradição afro-brasileira são mostradas como forças naturais, e não apenas antropomórficas.

Algumas pessoas desenvolvem suas próprias histórias de amor com o mundo natural. O valor estético e sensorial da natureza é sempre a base para essa relação platônica e contemplativa que cada indivíduo forja. “Na floresta, percebo os aromas e me sinto como um beija-flor”, afirma Luis Fernando Molina, poeta e ambientalista colombiano. “No cume da montanha, vislumbro a paisagem e tenho vontade de voar. No deserto, por ser infinito, me comunico com o divino. Mas, quando estou na cidade, sou apenas um número a mais”, afirma. A empresária Scholastica Ponera, dona da empresa Pongo Safaris, de Dar Es Salaam, na Tanzânia, diz que entrar em um parque nacional lhe dá tranquilidade e harmonia. “Gosto de me sentar no chão, sozinha, procurar uma semente do tamanho de um botão de camisa e meditar como ela se transformará em uma majestosa árvore.”

Nem todas as pessoas são receptivas como Ponera e Molina. Uma boa parte dos urbanos tem mais medo da natureza que admiração por ela. A bióloga Rita Mendonça, diretora do Instituto Romã, tem uma solução. “Organizamos vivências e caminhadas para desenvolver a sensibilidade dos interessados em contatar os aspectos intangíveis da natureza”, diz. “As pessoas saem transformadas ao interagir, de forma intuitiva e sensível, com a natureza.”


Além de musa inspiradora e alívio para os sentidos humanos, a natureza também serve como ponte entre o mundo concreto e o divino. Considerar a natureza como “algo maior” é uma constante para aqueles que têm uma visão que vai além da esfera material e utilitária. “Nada como estar entre sequoias-gigantes, com mais de 100 metros de altura e séculos de idade, para romper com os limites físicos e considerar que existe uma ‘força de vida’ bem maior que eu”, diz o americano Keith Wheeler, um dos diretores da União Internacional para a Conservação da Natureza. “A natureza não apenas me oferece um espaço de reflexão sobre ética e espiritualidade, ela também traz inspiração para que eu possa melhor conduzir minha vida.”

Haroldo Castro


Haroldo Castro

RELAÇÃO HARMÔNICA 
Primeira foto, girafas no Parque Nacional Tsavo Oeste, no Quênia, ajoelham-se para beber água. Segunda foto, araras-vermelhas saem do Buraco das Araras em Jardim, em Mato Grosso do Sul. Tanto artistas quanto cientistas buscam inspiração na interação das espécies com o ambiente natural

As grandes religiões têm conceitos que podem ser interpretados como de proteção da natureza. Crenças que outrora não colocavam a conservação em sua agenda de prioridades passaram a ter um discurso mais verde, quando confrontadas com a atual crise ambiental. Nas últimas décadas, conservacionistas tentaram estabelecer parcerias que pudessem transformar líderes espirituais em potenciais educadores. O Instituto Ambiental de Comunidades de Fé da África Austral é uma dessas iniciativas, congregando pessoas de diferentes linhas. “Fazemos parte do mundo natural que nos rodeia. Apesar da alienação criada pelas cidades, não podemos nos separar do resto da Criação. Nós nos renovamos espiritualmente ao vivenciar o ambiente natural, particularmente quando estamos em um lugar selvagem”, afirma seu líder, o bispo sul-africano Geoff Davis. “As experiências profundas com a natureza servem como curas psicológicas.”

O jainismo – religião originada na Índia há 25 séculos – considera o ainsa, a não violência, como seu princípio essencial. “Praticamos a não violência com a totalidade das espécies vivas, não apenas com humanos. Temos um profundo respeito por toda a natureza: não matamos animais e só comemos as partes das plantas que não as sacrifiquem”, diz Hitesh Mehta, arquiteto e paisagista queniano. “Nossa filosofia demanda um estilo de vida de baixo impacto. Há séculos vivemos o que hoje é chamado de sustentabilidade ambiental. Não existe maior virtude espiritual que a da não violência absoluta.” Mehta afirma que grandes pensadores, como Mahatma Gandhi, Martin Luther King e Nelson Mandela, foram profundamente influenciados pelo jainismo.

As tradições afro-brasileiras, como a umbanda e o candomblé, consideram as manifestações da natureza como “energias sagradas”. São os orixás. A biodiv
ersidade das matas é a representação física de Oxóssi, as ervas medicinais simbolizam Oçânhim e os mananciais de águas expressam Nanã. “A natureza é um livro sagrado, e precisamos aprender a decifrar o que ela pode nos revelar”, diz o babalorixá Carlos Buby, do Templo Guaracy do Brasil. “A compreensão biológica das diferentes formas de vida do planeta não é suficiente para assegurar sua proteção. É necessário acrescentar os valores imateriais para que a natureza seja reconhecida como sagrada e, assim, devidamente protegida.”

O Dalai-Lama, chefe espiritual do budismo tibetano, desmistifica a conservação ambiental e a coloca como um dever prático. “Cuidar de nosso planeta não é um ato santo ou sagrado. Não podemos viver em nenhum outro, apenas neste”, afirma o monge tibetano. “É como cuidar de nossa casa.” Em nossa cultura mercantilista, os economistas da conservação já registram os bilhões de reais que os serviços ambientais prestam aos humanos. Mas os valores estéticos e espirituais estão na esfera do intangível. Não podemos colocar uma etiqueta de preço no sagrado.


Haroldo Castro
Haroldo Castro
Haroldo Castro

HERANÇA NATURAL 
Primeira foto, bosque de baobás na costa oeste de Madagascar, país que abriga o maior número de espécies dessa árvore, considerada sagrada por diferentes tribos africanas. Segunda foto, uma ilha inabitada no litoral de Samoa, no Oceano Pacífico. Terceira foto, duplo arco-íris nos Saltos Mbigua e Bernabé Mendez, no lado argentino das Cataratas do Iguaçu. Preservar paisagens naturais como essas é parte da missão humana, segundo líderes espirituais, como o Dalai-Lama




Haroldo castro

Haroldo Castro possui três paixões: contar estórias com fotos e crônicas, estar na natureza e viajar intensamente. Criou o conceito de Viajologia, que reconhece a viagem como uma escola dinâmica. Tem mais de 30 anos de experiência como fotógrafo, jornalista, diretor de documentários e estrategista de comunicação. Morou no Brasil, na França e nos Estados Unidos; trabalha em quatro idiomas e conhece 156 países. De novembro de 2009 a julho de 2010, Haroldo e seu filho Mikael realizaram a expedição jornalísticaLuzes da África, percorrendo 40 mil km por 18 países do continente. O objetivo foi mostrar o lado positivo da região, para que os leitores pudessem melhor compreender a África durante a Copa do Mundo.



Leia também:

http://colunas.epoca.globo.com/viajologia/2010/09/21/os-intangiveis-da-natureza-seus-valores-esteticos-e-espirituais/

Friday 8 October 2010

BÓRIS DAWSON JR, my new best friend!

Schnauzer



Schnauzer Miniatura ou Zwergschnauzer é uma raça originária da Alemanha, descendente de antigos cães do tipo Terrier, embora também tenha sangue de Affenpinscher nas veias. A raça foi desenvolvida a partir da seleção genética de exemplares do Schnauzer Standard, cruzada com terriers pequenos, resultando num cão menor, idêntico ao 'original', sem os defeitos do nanismo. Muito ativo e excelente caçador de roedores, essas características fizeram o Schnauzer ser popular entre os antigos fazendeiros alemães.
Altura entre 30 e 35 cm e peso de 4,5 a 7 kg (tanto para machos quanto fêmeas), sendo que o nanismo é considerado um defeito. Cabeça longa, focinho forte com trufa bem desenvolvida e preta. A mordedura deve ser em tesoura, olhos escuros e ovais. As orelhas podem ser operadas em ponta e a cauda pode ser cortada na terceira vértebra, nos países que permitem tais práticas. Pelagem dura e áspera. Forma uma sobrancelha espinhosa e barba.

É incontestável que, no começo, o schnauzer miniatura foi desenvolvido usando-se a técnica do “breeding down”, ou seja, reduzindo o tamanho do schnauzer standard cruzando-o com várias outras raças de cachorro. Não se sabe ao certo qual, ou quais as raças usadas no decorrer do processo, mas possíveis candidatos seriam os Affenpinschers, Poodles, Brussels Griffon e Pinscher Miniatura. Há especulações acerca do uso do Pomeranian, entre outras raças “toys”. A intenção original era criar uma versão reduzida do Schnauzer Standard, inclusive quanto as suas características psicológicas (temperamento, instinto para caça e guarda) e físicas (coloração e porte).

Na raça, as cores aceitas pela FCI são:

Sal e Pimenta

Preto
Preto e Prata
Branco

O preto e prata é mais raro e seu valor comercial pode ser o dobro do Sal e Pimenta, que é a mais comum. O preto e prata surge quando os criadores passam a criar as duas cores originais juntas, sendo resultado do cruzamento do sal e pimenta com o preto. A partir daí, a coloração preto e prata passa a ser considerada uma variação única, geneticamente falando.

Temperamento

Muito obediente, afetuoso, adestrável e simpático, é de uma fidelidade inquestionável em relação ao seu dono. Sente-se quase um humano, detesta ser ignorado e procura sempre 'tomar parte' nas conversas que acontecem em sua presença. Relaciona-se bem com crianças e outras raças de cães, desde que estes não tentem entrar em seu território. Não é um cão silencioso. Late para chamar a atenção quando se sente desprezado e para dar alarme quando ouve sons estranhos, o toque de campainha ou qualquer outro som que anuncie a chegada de alguém na casa. Adora companhia, detesta ficar só e, por isso, está sempre no mesmo ambiente da casa em que está seu dono.

É uma das melhores raças para viver em apartamento, pois é um cão que não se importa com o tamanho da casa, desde que esteja sempre ao lado de seu dono. Além disso, é muito higiênico e aprende rápido a fazer suas necessidades nos lugares determinados (jornais ou tapetinhos higiênicos), ou apenas durante os passeios (sendo necessário um passeio por dia, no mínimo).

A inteligência e a incrível coragem do Schnauzer são duas fortes características desta raça. Na Alemanha, seu país de origem, alguns criadores o descrevem como o "Cão de Cérebro Humano". De acordo com Stanley Coren, a inteligência dos cães pode ser medida com relação à sua obediência e ao seu trabalho, porém a inteligência instintiva não esta em questão. Em seu livro "A inteligência dos Cães" da editora Ediouro, Stanley Coren dividiu os cães em 6 grupos. O schnauzer foi classificado no grupo dois.

São excelentes cães de trabalho. O treinamento de simples comandos são normalmente assimilados depois de 5 a 15 repetições. Os cães lembram destas ordens muito bem embora possam melhorar com a prática. Eles respondem ao primeiro comando em cerca de 85% dos casos, ou mais. Em caso de comandos mais complexos é possível notar, ocasionalmente, uma pequena demora no tempo de resposta, mas que também pode ser eliminada com a prática destes comandos.

Utilidade

Possui o mesmo temperamento dos demais Schnauzer, rateiros e ótimos para vigia e companhia. Pode inclusive viver em apartamento, desde que seja levado para passear diariamente. São instintivamente atraídos por coisas que se movimentem rápido, pois eram ultilizados como cães de caça. Animais como ratos, baratas e até mesmo cães menores viram alvo de suas "brincadeiras" de gato-e-rato.

Fonte de pesquisa: Wikipédia

Sunday 3 October 2010

KEEP WALKING...

01/10/2010 - 02h54

Deixe a preguiça de lado e conheça 

parques 

ideais para caminhar

As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações
Daniela Braga




São Paulo comemora no primeiro domingo de outubro (dia 3) o Dia Mundial da Caminhada. Para os paulistanos que começam a se preparar para o verão, não importa a previsão do tempo, todo dia é dia de se exercitar. Pensando nisso, o Guia selecionou, em diferentes regiões da cidade, parques ideais para caminhar.


Muitos dos locais oferecem outras atividades esportivas e culturais --alguns não permitem a entrada de bicicleta e skate, o que facilita o percurso. Calce um par de tênis, vista uma roupa confortável e aproveite todas as dicas.



Aclimação


Com pouco mais de 112 mil m², o recanto atrai um público interessado principalmente em correr e caminhar, seja ao redor do lago ou em trilhas que cortam a vegetação do morro em sua porção leste, próxima à avenida Sebastião Carneiro. Sua estrutura inclui duas quadras poliesportivas, campo de futebol, três playgrounds e uma área com equipamentos para a prática de exercícios físicos. Não é permitido andar de bicicleta, patins e skate.




João Brito/Folhapress
No parque da Aclimação (foto), visitantes e praticantes de cooper desfrutam do clima ameno que o local oferece
No parque da Aclimação (foto), na zona sul de SP, visitantes e praticantes de cooper desfrutam do clima ameno do local



Alfredo Volpi



Com trilhas de 1 km para cooper e caminhada, localizadas em meio a um bosque de trechos de mata atlântica remanescente que fazem com que o frequentador se sinta numa floresta no meio da cidade. Há ainda três lagos com patos, um pequeno playground e mesas para piqueniques; ideal para encontros ao ar livre, com pouca gente. Não é permitida a entrada com bicicletas, skates e patins. Cachorros só podem circular com coleira.






Buenos Aires




Com 25 mil m², tem mais um jeito de praça e de ponto de encontro de bairro. Ideal para caminhadas tranquilas, o destaque do parque fica com as esculturas e algumas árvores antigas, como embaúbas e canelas.






Burle Marx




Idealizado pelo paisagista Roberto Burle Marx, o parque de 138 mil m² dispõe de pista para caminhada, corrida e trilhas, adornadas por um belo conjunto artístico constituído por espelhos-d'água e jardim, além de ter um lago e 80% de mata nativa preservada. É proibido fazer piqueniques, entrar com bicicletas, bolas, skates, patins e animais.






Carmo




É um dos maiores da capital, com 140 hectares de área verde. Em seu grande lago, vivem peixes e aves, como patos e garças. Os visitantes podem usufruir de ciclovias, pistas de cooper, um bosque de cerejeiras e do Museu do Meio Ambiente. É comum ver por ali gente descansando em redes amarradas nas árvores, fazendo um churrasco com os amigos ou aproveitando as atividades culturais oferecidas no local aos fins de semana.






Raimundo Paccó/Folhapress
Homem passeia com o cachorro do Parque do Povo, no Itaim Bibi, que dispõe de pistas para caminhada, corrida e ciclismo
Homem passeia com o cachorro no Parque do Povo, no Itaim Bibi, que dispõe de pistas para caminhada, corrida e ciclismo



Chico Mendes



O parque ocupa mais de 60 mil m², com bosques, reserva ecológica, quadras, jogos de mesa, aparelhos de ginástica, pista de cooper, playground, trilhas e churrasqueiras. O Casarão Cultural funciona como um centro de convivência que oferece oficinas voltadas para pessoas com necessidades especiais e para a terceira idade, além de práticas para o público em geral.








Ecológico do Tietê




Na zona leste, bastante procurado por moradores da região, é enorme (a área total é de 14 milhões de m²) e tem como função ajudar na preservação da várzea do Tietê. Conta com uma área de lazer que inclui trilhas próximas ao rio, lago com pedalinhos e barquinhos, e um museu simpático que narra a história do rio.






Horto Florestal




Boa opção de passeio para a família, ocupa uma área de 174 hectares e oferece atrativos como pistas de cooper, trilhas para caminhadas, campos de futebol, locais para piquenique, um museu que tematiza o ambiente florestal e um bom parque infantil. Abriga o Estação Vida, um local para atividades com a terceira idade.






Cidade Toronto




Fruto de um convênio com a cidade canadense, o parque conta com um belo visual, composto por um lago e por diversas pontes. Clima sossegado atrai quem deseja caminhar ou praticar corrida na pista. Oferece também churrasqueiras e uma área com brinquedos canadenses.








Almeida Rocha/Folha Imagem
No mais conhecido parque da capital paulista, as pessoas caminham, praticam corrida e aproveitam atividades culturais do local
No mais conhecido parque da capital paulista, as pessoas caminham, praticam corrida e aproveitam atividades culturais



Ibirapuera



Com 1,5 milhão de m², o mais frequentado e conhecido parque de São Paulo não podia faltar na lista, pois, além de áreas para atividade física, ciclovia, três quadras poliesportivas, quatro quadras para basquete e playground, oferece várias atrações, como o Museu de Arte Moderna, o pavilhão da Bienal e o viveiro Manequinho Lopes. A entrada de cães é permitida.










Independência




Com 161 mil m², o parque oferece um bosque procurado por quem quer correr ou caminhar, atrás do Museu do Ipiranga. Há ainda uma área com vegetação mais densa e marcações de metragem para auxiliar na prática de atividades físicas. Destaque para os belos jardins de inspiração francesa, na frente do edifício, com fontes e chafarizes.






Parque da Juventude




O espaço ocupa parte da antiga Casa de Detenção. São dez quadras, duas só para tênis, com bolas disponíveis para empréstimo, além de pistas de skate com obstáculos simples. Há também áreas para caminhada, um trecho de mata atlântica com plataformas para arvorismo e algumas ruínas do presídio, que podem ser visitadas.






Parque do Povo




Em meio a prédios e ruas movimentadas, o espaço dispõe de três quadras poliesportivas e pistas para caminhada, corrida e ciclismo. A superfície, bem lisa, também estimula o uso de patins e skate.






Parque Estadual do Jaraguá




A caminhada completa requer um pouco de habilidade, já que para chegar ao ponto mais alto da capital é preciso subir de carro por uma estrada estreita, mas bem cuidada. Depois de 20 minutos, aproximadamente, chega-se até o platô, de onde se veem grande parte de Osasco e a rodovia dos Bandeirantes. Criar coragem e encarar os 242 degraus que levam ao alto da torre compensam o esforço: a cidade fica ainda mais bonita de um ponto de observação privilegiado, a 1.135 m de altura. A dica é levar um agasalho, pois lá a temperatura é sempre mais baixa do que no resto da cidade.






Marcelo Justo/Folha Imagem
Apesar de disputar espaço com os ciclitas e skatistas, quem caminha no parque Villa-Lobos aproveita as amplas pistas de cooper
Apesar de disputar espaço com os ciclitas e skatistas, quem caminha no parque Villa-Lobos aproveita as amplas pistas



Parque Piqueri



Antiga chácara da família Matarazzo, seu território compreende áreas de estar, pista para cooper, bicicletário, campo de futebol de areia, quadras poliesportivas, aparelhos de ginástica e playgrounds. Durante a caminhada, é comum se deparar com diferentes espécies de aves que fazem do local o seu habitat.












Villa-Lobos




Amplo, o parque da zona oeste abriga várias quadras de tênis e poliesportivas, além de uma ciclovia de 1,5 km e pistas de cooper. Aqui, o visitante disputa espaço com os adeptos das bicicletas, patins e skates.








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I am one of those guys with a fat address book - maybe because all my friends tell I'm charming and clever! But as far as I´m concerned, friendship is a club of seven people which was fully by the time I was 25. We all share the same interests, and we don´t make any demands on one another in emotional terms - which is something I would avoid like the plague. It´s not that I don´t like making new friends easily...They have to cativate me at first...We all grew up in the same social, professional and geographical world that we now occupy as adults. The group of seven offers me as much security and intimacy as I require!