Tuesday 22 March 2011

THE TIME GOES BY, UNFORTUNATELY!


ENVELHECER NÃO TEM NADA DE BOM!

Barbara Gancia
 Revista São Paulo, Grupo FOLHA


Envelhecer não é exatamente um passeio no bosque sobre um manto de margaridas. Estamos falando de atividade que exige controle emocional de ninja e boa forma física. Envelhecer é coisa de gente grande.


Não pretendo desencorajar quem ainda não entrou nessa fase da vida nem soar materialista, mas serão necessárias doses maciças de sabedoria para quem queira conduzir a entrada na terceira idade com uma pitada de dignidade. Confesso que não tenho dado conta do recado com a devida elegância.



Estou naquela parte do processo em que já encaro como rotina -e sem ter de ingerir um copo d'água com açúcar- o surgimento, da noite para o dia, de um novo cabelo branco, geralmente em formato de saca-rolha e localizado no cocuruto da cabeça, na ponta do queixo, do nariz, da língua ou em alguma outra inesperada protuberância inglória do corpo humano. 



Tampouco me assusta a panorâmica da plantação de brócolis que avisto quando me vejo indo de marcha a ré em direção ao espelho. Não sou de pregar peças em meu imaginário nem de me deixar abater por aquilo que fica abaixo de mim.



Ou atrás de mim, no caso. Muito mais grave do que a visão do inferno de me ver indo embora é o exercício que tenho sido forçada a praticar, de lembrar de onde conheço os amigos carecas, desdentados, cheios de pregas, arestas e/ou capitonês em quem esbarro nos sites de relacionamento e que estou certa de um dia já ter beijado na boca. "Esse aí está me parecendo tão familiar... Será que...?" E bote pensamento nublado no vazio do meu esquecimento. A falta de memória que aflige quem já dobrou o cabo dos 50 anos bem vividos pode ser um inverno gélido e assombroso. 



Mas o pior de ficar velho é que a gente não envelhece. Continuamos exatamente os mesmos beócios de sempre. Só que mais feios, mais carcomidos e menos funcionantes. E ainda por cima mais pobres. 



Calma, que a vovó Donalda explica: se eu tivesse de escolher entre os males que acometem a quem vai avançando nos anos aquele com o qual tive maior implicância, diria que foi desembolsar o equivalente a um MacBook Pro por um par de óculos multifocais. Não sei o que nos espera no dia em que tiver de encarar as fraldas contra a incontinência, mas vamos fazer a coisa um dia de cada vez, que tal? 



Não me traz conforto algum saber que a Carolina Ferraz e a Sharon Stone estão circulando de óculos iguais aos meus. Não digeri o fato de que terei de desembolsar mais quatro prestações de um acessório que esqueço por aí como se fosse guarda-chuva e que, ainda por cima, me deixa com cara de nova-iorquina mal comida. 



De coisa cara a gente logo gosta, não é mesmo? Não é o caso das tais preciosas lentes multifocais. Sabe kabuki, curling, canto lírico e arroz-doce? 



Pois é mil vezes mais fácil acostumar com eles do que com as lentes. Quando fui buscar meus óculos multifocais, já tratei de chegar à ótica com uma cartela de remédio antienjoo no bolso. Havia sido avisada da confusão mental que me acometeria nos 15 dias seguintes. 



E realmente passei a viver como se estivesse dentro de um desenho do Escher. Não sabia se lia ou se descia a escada. Toda vez que olhava para baixo, os óculos me convidavam à leitura. Mas eu só quero achar o próximo degrau, ora bolas! 



Até hoje penso duas vezes antes de virar a cabeça com rapidez. Não me atrevo a pensar no que vai acontecer quando tiver de assistir a um páreo no Jockey Clube, a uma partida de tênis ou a uma corrida de carro. 



Quem sabe eu não devesse usar minha "prótese" para ficar trancafiada no sótão admirando as fotos da época em que eu tinha cintura? O quê? Vai dizer que sou a única com dificuldade de envelhecer com leveza e dignidade?

Sunday 20 March 2011

JUST A QUESTION OF TIMING...


Relacionamento entre gerações é desafio das empresas; veja as características de cada uma

Por Viviane Macedo
Em São Paulo



O grande desafio do mercado de trabalho de hoje é criar políticas e práticas capazes de integrar pessoas com pensamentos e valores completamente diferentes. “Estamos vivendo mais e passando mais tempo em atividade produtiva, então as empresas, muitas vezes, se deparam com quatro gerações diferentes para gerir”, diz o professor da Fundação Dom Cabral, Anderson Santana.
Essas gerações precisam se falar e aprender a trabalhar juntas, mas isso é tão simples assim? Para Santana, o segredo é aceitar aquele que não é igual a você. “Não há geração melhor ou pior, o que temos hoje é um mercado com pessoas de valores e práticas distintas, cada uma com suas qualidades e defeitos”, define o professor.
Segundo ele, não são apenas as empresas que têm de correr atrás de práticas capazes de equilibrar conflitos e amenizar o clima do ambiente. A competência social e de integração é cada vez mais requerida de qualquer profissional.
O destaque vai ficar para aqueles que tiverem a capacidade de conviver e aproveitar os pontos fortes de cada geração. “Todas trazem características importantes e relevantes para o mercado. Quando elas aprendem a utilizar o que têm de melhor juntas, conseguimos reunir a experiência dos veteranos e baby boomers, a praticidade dos X e a vitalidade e inovação dos Y”, diz Santana. 
O nascimento das gerações

De tempos em tempos, a história vê o nascimento de novas gerações – criadas a partir dos contextos social, político, econômico, tecnológico e até mesmo regional. São costumes, valores e atitudes, às vezes, completamente diferentes dos que têm aqueles que nasceram alguns anos antes.
Cada geração vai ser reflexo do conjunto criado à sua volta, como explica a presidente do Grupo Foco, Eline Kullock. “A historia define uma cultura, que define um comportamento”, aponta. “Somos uma resposta à história e à cultura que foi se desenvolvendo com o passar dos anos”, diz a especialista.
Veja o quadro abaixo com as principais características de cada geração, apontadas por Kullock e Santana:

As diferentes gerações e suas características

Veteranos (nascidos aproximadamente entre 1920 e 1945)
Dedicação e sacrifício são as duas palavras-chave para essa geração. As pessoas pertencentes a ela são obedientes, têm respeito máximo a qualquer autoridade e ao seguimento a regras. Aceitam a recompensa tardia e querem estabilidade. Para essa geração, a honra é muito importante e a paciência é uma virtude.
Baby Boomer (nascidos aproximadamente entre 1946 e 1960)
São otimistas, querem contagiar, buscam a integração e o envolvimento de todos num projeto. São profissionais orientados aotrabalho em equipe, ao coletivo. Começa neles a valorização por aspectos referentes ao bem-estar, saúde e qualidade de vida. É uma geração muito preocupada com status. Workaholics, trabalham muito e o quanto for preciso.
Geração X (nascidos aproximadamente entre 1961 e 1980)
São pessoas pragmáticas, práticas e mais confiantes. Buscam o equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional, não querem viver só para o trabalho. Têm a autoestima mais elevada do que a das gerações anteriores, já começam a questionar autoridades, apesar do respeito que têm por elas.
Geração Y (nascidos aproximadamente entre 1981 e 2000)
Esta é a geração do questionamento. Precisa de respostas, e que elas sejam convincentes. Lida com autoridade como se não houvesse autoridade, isso é, não cria barreiras na comunicação e no trato com pessoas hierarquicamente elevadas. Busca prazer no trabalho, caso não encontre, muda de trabalho. A maioria foi criada sozinha, então se tornou mais individualista. São grandes negociadores.

Thursday 10 March 2011

GO WITH THE BEST!

Brasil é o único entre os emergentes sem universidades 'top'

  VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES




O Brasil avança na economia, mas tem um longo caminho a percorrer na educação. O país é o único dos BRICs a não ter nenhuma instituição de ensino superior entre as cem mais bem avaliadas por acadêmicos no mundo todo.

É o que mostra o novo ranking divulgado nesta quinta-feira pela THE (Times Higher Education), principal referência no campo das avaliações de universidades no mundo, que é baseada em Londres.

A Rússia aparece com a Universidade Lomonosov, de Moscou, na 33ª posição. A China tem cinco universidades no ranking (duas em Hong Kong e uma em Taiwan). A melhor é a Tsinghua, de Pequim, no 35º lugar. O Instituto Indiano de Ciência está na 91ª colocação.
Foram ouvidos 13.388 acadêmicos de 131 países para chegar à lista das universidades com melhor reputação.

São estudiosos com, em média, mais de 16 anos de trabalho em instituições de ensino superior e 50 trabalhos científicos publicados.

Na liderança, mais uma vez, aparece a americana Harvard, que também lidera o ranking geral da THE divulgado em setembro de 2010 e que a Folha publicou com exclusividade no Brasil.
A diferença entre os rankings é que o geral leva em conta 13 critérios --relação estudante/professor, quantidades de alunos e professores estrangeiros, número de trabalhos científicos publicados, ênfase em pesquisa etc.

O índice de reputação, divulgado pela primeira vez pela THE, considera apenas a imagem que as instituições têm entre os acadêmicos.

Foi pedido que apontassem, entre mais de 6.000, até dez universidades como as melhores do mundo em seus campos específicos.

HARVARD

Os Estados Unidos são o grande destaque, com sete universidades entre as dez primeiras e 45 entre as cem.
Em seguida vem o Reino Unido, com duas entre as dez primeiras (Oxford e Cambridge) e 12 no total.
A surpresa é a Universidade de Tóquio, que aparece na oitava posição. No ranking geral, ela está no 26º lugar.
A Rússia também se destaca. A Lomonosov, em Moscou, é a 33ª com melhor reputação, apesar de nem constar do ranking geral da THE.
Com mais de 50 mil alunos, tem 11 ganhadores do Nobel e investe dinheiro público e privado em pesquisas.
Segundos especialistas, é justamente a falta de investimento em pesquisa que deixa as universidades brasileiras fora desses rankings.
Phil Baty, um dos responsáveis pelo estudo, diz que os rankings baseados em critérios objetivos são muito importantes, mas defende também os de reputação.
"Neste momento em que há uma grande disputa global pelo mercado de alunos e professores, uma boa reputação no meio acadêmico é crucial", afirma Baty.
Fora o Reino Unido, a Europa não aparece bem no ranking. A universidade suíça mais bem colocada está em 24º lugar. A alemã, em 48º. Nenhuma francesa está entre as 50 primeiras.
Itália, Espanha e Portugal não figuram no ranking.

VEJA O RANKING COMPLETO
RankingInstituiçãoPaís
1Universidade HarvardEUA
2Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT)EUA
3Universidade de CambridgeReino Unido
4Universidade da Califórnia, BerkeleyEUA
5Universidade StanfordEUA
6Universidade de OxfordReino Unido
7Universidade PrincetonEUA
8Universidade de TóquioJapão
9Universidade YaleEUA
10Instituto de Tecnologia da CalifórniaEUA
11Imperial College de LondresReino Unido
12Universidade da Califórnia, Los AngelesEUA
13Universidade de MichiganEUA
14Universidade Johns HopkinsEUA
15Universidade de ChicagoEUA
16Universidade CornellEUA
17Universidade de TorontoCanadá
18Universidade de KyotoJapão
19Universidade College LondonReino Unido
19Universidade de MassachusettsEUA
21Universidade de Illinois em Urbana-ChampaignEUA
22Universidade da PensilvâniaEUA
23Universidade ColúmbiaEUA
24Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, em ZuriqueSuíça
25Universidade de WisconsinEUA
26Universidade de WashingtonEUA
27Universidade Nacional de CingapuraCingapura
28Universidade Carnegie MellonEUA
29Universidade McGillCanadá
30Universidade da Califórnia, em San DiegoEUA
31Universidade da Colúmbia BritânicaCanadá
31Universidade do Texas, em AustinEUA
33Universidade Lomonosov, em MoscouRússia
34Universidade da Califórnia, em San FranciscoEUA
35Universidade TsinghuaChina
36Universidade DukeEUA
37London School of Economics and Political ScienceReino Unido
38Universidade da Califórnia, em DavisEUA
39Instituto de Tecnologia da GeórgiaEUA
40Universidade NorthwesternEUA
41Universidade da Carolina do Norte, em Chapel HillEUA
42Universidade de Hong KongHong Kong**
43Universidade de PequimChina
43Universidade de MinnesotaEUA
45Universidade de EdinburgoReino Unido
45Universidade de MelbourneAustrália
47Universidade PurdueEUA
48Universidade de MuniqueAlemanha
49Universidade de Tecnologia de DelftHolanda
50Universidade OsakaJapão
51-60*Universidade Nacional AustralianaAustrália
Instituto KarolinskaSuécia
Universidade de Nova YorkEUA
Universidade Estadual de OhioEUA
Universidade Nacional de SeulCoreia do Sul
Universidade TohokuJapão
Instituto Tecnológico de TóquioJapão
Universidade da Califórnia, Santa BárbaraEUA
Universidade de PittsburghEUA
Universidade de SydneyAustrália
61-70Universidade BostonEUA
Escola PolitécnicaFrança
King's College de LondresReino Unido
Universidade Estadual da PensilvâniaEUA
Universidade Técnica de MuniqueAlemanha
Universidade da FlóridaEUA
Universidade de ManchesterReino Unido
Universidade de Maryland, College ParkEUA
Universidade de ZuriqueSuíça
Universidade UppsalaSuécia
71-80Escola Politécnica Federal de LausanneSuíça
Universidade Humboldt de BerlimAlemanha
Universidade LundSuécia
Universidade Estadual de MichiganEUA
Universidade Estadual de Nova Jersey, RutgersEUA
Universidade do ArizonaEUA
Universidade do ColoradoEUA
Universidade do Sul da CalifórniaEUA
Universidade UtrechtHolanda
Universidade Washington, Saint LouisEUA
81-90Universidade Católica de LeuvenBélgica
Universidade IndianaEUA
Universidade LeidenHolanda
Universidade National de TaiwanTaiwan*
Universidade Ruprecht Karl de HeidelbergAlemanha
Universidade Texas A&MEUA
Universidade de AmsterdãHolanda
Universidade de BristolReino Unido
Universidade de LeedsReino Unido
Universidade de QueenslandAustrália
91-100Universidade Hong Kong de Ciência e TecnologiaHong Kong**
Instituto Indiano de CiênciaÍndia
Instituto de Ciência e Tecnologia Avançada da CoreiaCoreia do Sul
London School de Higiene e Medicina TropicalReino Unido
Universidade Tecnológica de NanyangCingapura
Universidade de HelsinqueFinlândia
Universidade de Paris, Pantheon-SorbonneFrança
Universidade de SheffieldReino Unido
Universidade de VienaÁustria
Universidade de WaterlooCanadá
Fonte: Times Higher Education
* A partir da 51ª posição, como as diferenças são pequenas, os autores do ranking decidiram agrupar as universidades em grupos de 10, listados em ordem alfabética
** Hong Kong é uma região administrativa especial da China
* Taiwan é, oficialmente, uma província da China embora funcione de fato como entidade política autônoma


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I am one of those guys with a fat address book - maybe because all my friends tell I'm charming and clever! But as far as I´m concerned, friendship is a club of seven people which was fully by the time I was 25. We all share the same interests, and we don´t make any demands on one another in emotional terms - which is something I would avoid like the plague. It´s not that I don´t like making new friends easily...They have to cativate me at first...We all grew up in the same social, professional and geographical world that we now occupy as adults. The group of seven offers me as much security and intimacy as I require!