Sunday 14 February 2010

And the OSCAR goes to...



Fã de James Cameron por outros filmes considerados geniais pela ficção futurística desde a adolescência, não hei de negar meu completo êxtase ao assistir o fantástico AVATAR em 3D um pouco antes do natal passado.  Verdade que o mote da história seja um clichê cinematográfico, sem muitas novidades, mas o filme merece sim todas as indicações ao OSCAR que teve. Já é de longe o mais assistido de todos os tempos, batendo inclusive o melodramático TITANIC, que lançou o insosso Leonardo de Cáprio ao estrelato e deu a grande chance a Kate Winsley de mostrar a que veio nos idos de 1998. Entretanto, ontem, em pleno sábado de carnaval, fui ao cinema (adoro ir ao cinema e outros passeios quando São Paulo está desfigurada da loucura diária, porque seus loucos de plantão gostam de  enfrentar horas e horas simplesmente  perdidas nas estradas e fugir para distantes plagas de praias poluídas e abarrotadas sobretudo de farofeiros, onde até água potável falta...E é quando a cidade fica calma, sem o burburinho habitual provocado pela multidão barulhenta que vem e vai). Fui ao cinema com vontade de me emocionar... Tinha ouvido falar de um filme sem pretensões, com atores quase anônimos e diretor idem, mas que vinha arrebanhando prêmios e mais prêmios mundo afora e tinha sido indicado para 04 Oscar, inclusive de melhor atriz, melhor atriz coadjuvante e melhor filme. No geral não leio nem dou a mínima para críticas quando decido que filmes assistir. Cinéfilo de carteirinha, ir ao cinema para mim é hábito semanal - diário se tivesse tempo -  e quando a tela se ilumina, como já disse Bruna Lombardi, em seu gostoso livro FILMES PROIBIDOS, é minha senha para o delírio! Então estive no BRISTOL da Avenida Paulista rindo e chorando com o filme “PRECIOSA – Uma História de Esperança!” Tocante, emocionante, brilhante. Sem dúvida o melhor filme de 2009 e merecedor de todos os OSCAR esse ano. Vejam abaixo uma sinopse e a ficha técnica do filme:

“Claireece Preciosa Jones sofre privações inimagináveis em sua juventude. Abusada pela mãe, violentada por seu pai, ela cresce pobre, irritada, analfabeta, gorda, sem amor e geralmente passa despercebida. A melhor maneira de saber sobre ela são suas próprias falas:
"Às vezes eu desejo que não estivesse viva. Mas eu não sei como morrer. Não há nenhum botão para desligar. Não importa o quão ruim eu me sinta, meu coração não para de bater e meus olhos se abrem pela manhã”. Uma história intensa de adversidade e esperança.”

Diretor: Lee Daniels
Elenco: Gabourey Sidibe, Mo'Nique, Paula Patton, Mariah Carey, Lenny Kravitz.
Produção: Lisa Cortes, Tom Heller, Lee Daniels
Roteiro: Geoffrey Fletcher
Fotografia: Andrew Dunn
Trilha Sonora: Mario Grigorov
Duração: 110 min.
Ano: 2009
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido

Distribuidora: PlayArte
Estúdio: Lee Daniels Entertainment
Classificação: 12 anos

Crítica do Cineclick:

“Claireece “Preciosa” Jones é uma adolescente sonhadora. Em seus devaneios, ela se imagina uma badalada pop star ou uma famosíssima atriz de cinema. Mas, pensando bem, qual a garota que não sonha um pouco com isso, mesmo que seja por brincadeira? A diferença é que Preciosa é pobre, negra, extremamente gorda, apanha da mãe, está grávida do segundo filho e traz uma história de vida inacreditavelmente sofrida. Ao se imaginar rica e famosa, ela não está apenas tendo um ingênuo sonho juvenil. Mas, sim, fazendo o máximo que pode para fugir da própria realidade.

A boa notícia é que o diretor Lee Daniels soube trabalhar todos estes “perigosos” elementos do filme – racismo, pobreza, injustiça social, violência doméstica, abuso sexual – sem cair no piegas nem na exploração barata dos sentimentos em uma cena sequer. Tudo é dirigido com extrema dignidade, um profundo senso de realismo e – claro – emoção.

Totalmente estreante, Gabourney Sidibe no papel principal do filme é um verdadeiro achado. Com olhar perdido, voz marcante e ar de quem não sabe o que está fazendo neste mundo, a garota dá à sua personagem um incrível senso de alienação que mais tarde perceberemos não ser exatamente um descaso diante da vida, mas sim um escudo, uma crosta criada pelas feridas do mundo. No decorrer da trama, seu personagem cresce, ganha autoestima. E, nos momentos de sonho, a atriz se transmuta totalmente. Vira outra, bem diante dos nossos olhos.

Gabourney tem 26 anos e convence completamente, interpretando uma estudante de 15. Filha de mãe professora (que desistiu da profissão para cantar nas ruas e estações de metrô de Nova York) e pai chofer de táxi, ela nasceu no Brooklyn, cresceu no Harlem e formou-se em Psicologia. Não tinha grande interesse na carreira artística, até ser convidada por uma amiga para fazer um teste para o papel de Preciosa. Deu no que deu: uma indicação ao Oscar de Atriz.

Mas não é só ela. O filme é magistralmente interpretado por todo o elenco, seja ele principal, coadjuvante ou simples figurações, ratificando-se assim ainda mais os méritos da direção. Paula Patton rouba a cena como a professora (divertidamente) chamada de Blu Rain, as colegas da escola são geniais e Mo'Nique obteve uma idicação ao Oscar de Coadjuvante como a mãe da Preciosa. 

Preciosa chamou a atenção da apresentadora de TV Oprah Winfrey, que se dispôs a promovê-lo e divulgá-lo, e acabou ganhando crédito na ficha técnica como produtora executiva.
Baseado no livro Push, publicado em 1996 pela escritora Saphiffe, Preciosa – Uma História de Esperança já acumula 44 prêmios e 58 indicações pelo mundo. Por enquanto.”



3 comments:

  1. Hey Gil, mentira que esteve no Bristol ontem! Como eu nao te vi? Estive por lah tambem...rs. Realmente "Preciosa" eh um filme tocante, apesar de nao ter assistido, o trailer tive o privilegio de ver, e como eh emocionante. Beijocas.

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  2. Yeah Honey, I have been there for sure!

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  3. era o empurrão que faltava pra eu assistir...
    beijos

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I am one of those guys with a fat address book - maybe because all my friends tell I'm charming and clever! But as far as I´m concerned, friendship is a club of seven people which was fully by the time I was 25. We all share the same interests, and we don´t make any demands on one another in emotional terms - which is something I would avoid like the plague. It´s not that I don´t like making new friends easily...They have to cativate me at first...We all grew up in the same social, professional and geographical world that we now occupy as adults. The group of seven offers me as much security and intimacy as I require!