Saturday 29 January 2011

WALKING ON GOD PEOPLE´S LAND...


Israel – O Povo de Deus!  


     Meus olhos pousaram num passado de 4.000 anos, fizeram-me recuar no tempo e deram-me a dimensão da grandeza desta terra – Israel.

     De súbito uma aragem suave traz um cheiro penetrante que invade as narinas, um cheiro de terra adubada, sachada, inunda tudo: é a primeira impressão que se tem ao pisar Tel-Aviv.

     Quando digo terra, quero dizer que “isto” para os judeus é como se fosse mais importante que o próprio ar que respiram. Este cheiro de húmus fresco vem nos acompanhando pela estrada que passa pelo Aeroporto de Lod (Ben Guiron) – uma estrada muito bem sinalizada e iluminada a mercúrio.

     Eles tem agora uma terra que custou sofrimento e amarguras e que foi tão duramente reconquistada, mas que é o solo com que podem contar e onde deitar de novo suas raízes e cultuarem sua crença.

     Shalom é talvez a mais significativa das palavras e mais pronunciada pelos israelitas. Eles só aspiram à bendita Paz para que possam trabalhar e viver num canto seu, para que possam dizer como todo mundo, que já tem a sua pátria.

     Esta é a força telúrica que os mantém unidos na sua missão essencialmente histórica e espiritual perante o mundo.

     Falar de Israel poderá parecer assunto esgotado em termos de reportagem, porém, se se encarar a questão sob outro ângulo, com isenção do ponto de vista ideológico quanto à eterna dissensão entre árabes e judeus, prato diário dos jornais do mundo, torna-se cada vez mais fascinante escrever sobre Israel depois de ter presenciado o “milagre”.

     Este é, pois, um retrato fragmentado do país dos laranjais, num depoimento sincero e franco de quem o visitava pela primeira vez.

     A imagem que me ficou na retina é a de uma lembrança sentimental e amorável – sentimental pelo conhecimento de um povo sofrido, sensível e inteligente e que revela a sua hipersensibilidade até na música – um lamento de doces sons nostálgicos – tanto que suas canções sempre são escritas em tom menor.  

     A audácia é peculiar à juventude. Quem foi que disse isto ou qualquer coisa parecida? Não importa. O Sabra (israelita nascido em Israel) demonstra no olhar firme essa audácia, como se estivesse pronto (e creio que está) a desafiar o mundo para provar a sua condição de neonato num Estado que mal começa a engatinhar, mas que paradoxalmente foi estabelecido num dos locais mais antigos da terra.

     Conversando com alguns jovens percebe-se certa arrogância e orgulho até, ao comentar-se os acontecimentos do Entebbe. Queriam minha opinião. Claro que todo mundo sensato apoiou e vibrou com o episódio épico, quase rocambolesco de tão inverossímil que parecia.

     Os sabras não se entregam ao conformismo nem se rendem a um fatalismo estéril como o dos muçulmanos, que esperam pelo “paraíso” prometido por Mahomet onde as huris os aguardam...

     Sabra parece bem simbolizar o nascido no Estado pois é o nome de uma pequena fruta muito dura por fora mas doce por dentro.

     Muitos usam o chapeuzinho meio cômico, que é uma espécie de marca registrada e que chamam de “cova tenbel”, isto é, chapeuzinho bobo. De bobos é que nada têm. São, ao contrario, muito espertos e inteligentes.

     O primeiro passeio em Tel-Aviv foi a um bairro bastante afastado, mas muito pitoresco. Passando por Yafo (não a velha Yafo, ainda), o ônibus desceu toda a Yerushalaim Sderot, até atingir a esquina de Hart’s Rehovot.

     Vinha com uma incumbência do Brasil para uma pessoa que ali residia. A noite caía lentamente (a iluminação não favorece o bairro nem a entrada dos edifícios), daí ter-me enganado de numero, talvez. Os jardins à frente década prédio atrapalhavam mais ainda a entrada, e encontrar o número exato naquele emaranhado de plantas tornava-se tarefa difícil.

     Um grupo de garotos brincando na rua, apesar da quase escuridão. O bando se compunha de uns cinco, mais uma menina, somente uma menina. Todos muito falantes e o maior deles, que aparentava ter 13 ou 14 anos, muito espigado, de canelas finas como as de uma cegonha foi logo dizendo: Speak English?  Dei-lhes o nome de quem eu procurava e me levaram para ver nos quadros dos moradores, pois não havia porteiro. Tive que acender um isqueiro para que lessem os caracteres em hebraico, naturalmente. Muito excitados, nessa garrulice própria da infância em transição, quase brigavam para ver quem triunfava na “pesquisa”.

     A menininha do grupo só fazia sorrir e embora estivesse em meio aos garotos, parecia tímida. Não abriu a boca nenhuma vez.

     No 35, garantiram, não havia ninguém com aquele nome. Não seria no 33? Batemos para o 33. Assumiam ares de importância pelo inesperado que lhes conferia o encargo de guias turísticos. De fato, era no 33. Pularam de contentamento e percebi que, entre si, disputavam a primazia da descoberta.

     Nos bairros, geralmente edifícios de quatro andares não têm elevador e por isso os meninos ainda continuaram a sua missão de cicerones levando-me pelas escadas às escuras. O maior, pequeno líder em potencial, adiantou-se para se despedir e, ao fazê-lo, apontou-me a própria face com o indicador, pedindo um beijo. Fui beijando um a um e agradecendo: “todá rabá, todá rabá”. Quando chegou a vez da menina ela disparou pela escada abaixo, rindo sempre. Ah... Essa geração de sabrinas... (Existirá tal diminutivo?).


         Centro da vida cultural e política de Israel e a sua maior cidade, Tel-Aviv não é bela no sentido estético e arquitetônico. Como acontece com toda metrópole nova, os edifícios de linhas modernas e funcionais impessoalizam um pouco.

     O azul do mediterrâneo a enfeita e quebra a monotonia do pardo acinzentado das construções. As avenidas são amplas e arborizadas (o que não falta é árvore em Israel e é preciso ressaltar aqui o fato de que tudo era o desenvolvimento de um novo tempo).

     A Dizengof Rehovot (rua) é onde se concentra a população elegante e sofisticada. Lembra qualquer artéria das capitais européias onde os bares têm cadeiras nas calçadas. O comércio ali é também mais aprimorado e os magazines de moda exibem criações da alta costura.

     A inflação explodiu em Israel como em quase todos os países, porém se come bem sem se despender muitas liras. Considerando que o dólar valia LI 8,40, um almoço saía por três ou quatro dólares nos restaurantes comuns. Referi-mo a um almoço completo, com serviço, entrada, “piéce de résistence, incluindo o refrigerante típico “Excoliót”, ou seja, “Grapefruit”.

     A cozinha israelense, me pareceu, sofreu influencia da russa e da árabe no que toca às especiarias: é bastante condimentada.

     Essa terra tão generosa hoje, prodigaliza uma abundância dos mais variados legumes que entram na composição das deliciosas saladas mistas: tomates enormes, repolhos, pimentões, beterrabas, pepino, cebolas e a berinjela, que é muito prestigiada, aparece em diversos pratos da cozinha judaica.

     Como os nossos populares botequins, lá também existem esses pequenos bares que expõem em vitrines nas calçadas as suas especialidades.

     Para quem não estiver com a bolsa bem provida, poderá comer um gostoso “falafel” metido num pão pita a guisa de sanduíche, acompanhado do Excoliót.

     Isto não quer dizer que Tel-Aviv não esteja dotada de restaurantes luxuosos com cozinha internacional, como por exemplo, o “La Barchetta”, na DizenGoff 362, cujas especialidades são camarões e lagostas, peixes e rãs. Ou ainda a Pizzaria Rimimi (só para citar dois), que oferece 20 qualidades de pizza (fica no número 93 da mesma rua). Descobri até um restaurante que anunciava “feijoada carioca”, e com um nome bem brasileiro: Baiúca, só que mal localizado, nos confins da Yehud Hayamit, em Yafo, completamente isolado e tendo por vizinhos apenas um departamento da alfândega. Não cheguei a verificar a autenticidade do nosso prato substancial porque encontrei o estabelecimento fechado (só reabriria às 19 horas).
     Desisti da feijoada, embora tivesse certa curiosidade de saber se a proporcionavam com todos os complementos necessários.

     Surge um problema no “Sabbat” para o turista desavisado. É o dia santo de guarda do judeu e a partir das 15h05min de sexta-feira até sábado às 17h55min a cidade dorme, ou melhor, morre condicionalmente. Cessam os ônibus, principal meio de transporte, mesmo os táxis-lotação em que cabem sete pessoas e que denominam “sherub” desaparecem. O comércio cerra as portas, cinemas, teatros, restaurantes e bares, inclusive.

     Dificilmente se encontrará um táxi para qualquer ponto da cidade. Os bares que permanecem abertos (raros) são de árabes.

     Domingo ela ressuscita e o dia decorre normalmente como qualquer outro da semana. NaAllenbey Street 59 encontra-se, porém, o Tavi Akol (de judeus) que fica aberto aos sábados.

     Nos outros dias, para uma excelente refeição, pode-se ir também à Bem Yahuda 38, deBroina, a polonesa.

     Broina merece quase um capitulo a parte. Fiquei conhecendo através de duas judias do Brooklyn, suas primas. Foi a única pessoa que encontrei em Israel que refletia no rosto, no todo de sua aparência esquálida, os horrores por que passou na sua Polonia heróica, por ocasião do nazismo.

     Parece boa criatura, embora não pudéssemos manter uma comunicação maior, pois não falava uma palavra que não o hebraico e o polonês. Figura estranha, conserva sua dignidade de ser humano e está de pé para cumprir a obrigação de existir, mas não vive mais, é esta a impressão que nos transmite. Os olhos profundamente encravados nas órbitas parecem enxergar algo que ninguém mais vê, somente ela.

     Prossegue, solitária, com o seu modesto restaurante e às vezes senta-se em uma das mesas vazias para conferir seu “rico dinheirinho” que leva numa bolsa velha apertada debaixo do braço.

     Que pensamentos lúgubres carrega Bronia, de aparência fantasmagórica e ares de musa da tragédia? No seu restaurante o preço é fixo. Apenas 20 liras para um jantar completo, inclusive a deliciosa sopa “borshi”, ou outras variadas.

     O judeu nunca perdeu a sua individualidade característica e todos, em pensamento uníssono, sonhavam com a volta à sua terra. Jamais perderam a esperança no dia da remissão. Acolhidos por outros países, permanecem judeus, entretanto, embora assimilando a cultura, os hábitos e as leis desses países. É por isso que é muito fácil encontrar quem fale dois, três idiomas.
     Ocorre-me aqui uma frase do inimitável Eça de Queiroz: “O cosmopolitismo do verbo, irremediavelmente, dá o cosmopolitismo do caráter, por isso, o poliglota nunca é patriota”. Isso vem a dar quase no aforismo latino: ubi bene, ibi patria.

     É necessário considerar, porém, que o “globe trotter” sabe que tem para onde voltar quando cansar de suas andanças e é esta talvez a razão de não se preocupar tanto com seu país de origem.

     Já o judeu saiu pelo mundo não “bien pour s’ammuser” e sim porque fora miseravelmente escorraçado de sua terra e espoliado de seus bens.

     Israel é agora uma realidade fascinante e miraculosa no seu contexto humano e social. Todos trabalham para o bem comum, todos esperam pela paz definitiva, embora vivam cercados de todos os lados pelos ferrenhos inimigos – os árabes. Não se podia sair de Israel por terra porque os “lobos” espreitavam, prontos para se atirarem à presa valiosa.

     Desconfio que esta animosidade para com o judeu é uma questão também de invídia (sejamos benevolentes usando este vocábulo poético); o árabe não possui a mesma inteligência nem o mesmo espírito empreendedor capaz de transformar um deserto numa maravilha das “mil e uma noites”.

     Não se perdoa facilmente aquele que conseguiu ascender sobre o comum dos demais.
     Tenho uma calça para mudar o zíper e saio à procura de alguma oficina de reparos, alguma costureira de emergência. Bem próximo ao hotel vejo uma, entro, ou melhor, desço, pois a oficina fica no subsolo de uma velha casa.

     Um casal de velhos sorridentes vem me atender. Yetti Moshe são encantadores. Ela fala cinco idiomas, incluindo o russo. Ele é ucraniano e ela polonesa. Daí p’ra frente se passo pela sua porta, sou obrigado a entrar para dois dedos de prosa e tomar chá ou pelo menos um copo de Excoliót.

     Contam da unia filha, morta em Vilna, mostram retratos do neto, hoje médico residente nos Estados Unidos, vão desfilando casos, pitorescos uns, tristes outros, de suas vidas de sofrimento e opróbrio durante o nazismo até vir encontrar o sossego a dois nesta exuberante Tel-Aviv. Ao se despedir, beijam-me carinhosamente as faces.

     Como toda cidade que cresce e adquire foros de metrópole, esta também tem suas mazelas, o submundo do lumpen-proletariado. No “red light district”, junto às raias do Mediterrâneo, as luzinhas vermelhas começam a piscar ao por do sol. A “Zoná” (prostituta, em hebraico) como em qualquer parte do mundo, exibe a mercadoria bem à vista, no caso o seu próprio corpo, à espera do cliente em potencial. As que vi não eram belas nem tão jovens. Quando tentei fotografar algumas protestaram com veemência e armaram uma bulha tão estridente na sua algaravia que desisti e bati em retirada. Tive a impressão de que me atiravam impropérios em árabe, hebraico e sei mais o quê.

     Mendigos vi, mas poucos e velhos. Um em especial chamou-me a atenção porque andava sempre acompanhado de um punhado de trastes e de seu fiel companheiro de desdita – um vira-latas amarelo e arrepiado, mas suficientemente bem tratado para cachorro de mendigo. Fazia “ponto” na esquina de Carmel Market, na rua do mesmo nome. O Carmel Market é uma espécie de feira variada, mas não tão grande como a outra que chamam de Mercado das Pulgas (Shuk Hapishpeschim) e que não pode rivalizar-se com seu homônimo de Paris. Entretanto tem muita cor local e o artesanato é aprimorado e original.

     Um programa que o turista certamente apreciará é o de visitar o edifício mais alto de Tel-Aviv: Shalom Tower (38 andares) pela vista panorâmica que proporciona do seu terraço: pode-se ver toda a cidade banhada pelo Mediterrâneo sempre azul e, já esfumados pela distância, alguns contornos de Jerusalém. M todos os andares há lojas de moda, brinquedos, diversões infantis e um museu de cera bem menor que o Madame Tusseaud de Londres, mas igualmente impressionante pela perfeição com que compuseram as cenas que representam personagens da história de Israel.

     O povo é espirituoso, extrovertido e quase, poderia dizer, de temperamento latino e barulhento. Nos ônibus, a pressa na hora do “rush” lembra a nossa correria depois da luta diária. Alguns mais afoitos gritam quando o motorista dá arrancada: “regarega”, o que quer dizer em hebraico: “esperacalma!”.

     Sabe-se que uma ameaça paira no ar a julgar pelos “lobos” do outro lado das fronteiras, mas ninguém, pelo menos aparentemente, vive a situação à sombra de uma neurose.

     Vivem sim, as 24 horas intensamente,trabalham e se divertem como todo mundo. A única marca da guerra são as carcaças de caminhões e tanques espalhadas dos lados da estrada que liga Tel-Aviv á Jerusalém, como a querer fixar na memória das pessoas a lembrança sinistra dos seis dias.     
     O tempo tem se portado bem. Com exceção de um dia destes, somente um dia, graças á Deus. É que passou por aqui aquele vento morno e seco que chamam de “hamtzim”. Um calor sufocante e uma fornalha do inferno quebranta a resistência da gente e dá uma espécie de letargo mental. Sopra do oriente para o ocidente e informaram-me que não é fenômeno muito comum, chegando ao término da primavera e estamos no outono.

     Yafo, uma espécie de satélite de Tel-Aviv é um vivo contraste diante da cidade moderna que brotou do deserto. A antiga Jaffa é uma das cidades mais antigas do mundo e, segundo a lenda, foi lá que o borracho Noé construiu a sua arca.

     Yafo tornou-se uma capital artística de Tel-Aviv, tamanho o número de galerias de arte e artistas em pleno labor. Suas vielas tortuosas, suas mesquitas e casas em estilo árabe transmitem a impressão real do Oriente dos cenários de Hollywood. A vida noturna é intensa e os cabaré e boates regurgitam de turistas e boêmios locais. A atmosfera é a de sempre: penumbra, conjuntos de música moderna e nostálgica, shows com vedetes esculturais e... preços salgados como o Mar Morto.

         Uma passagem por aquelas paragens durante o dia pode ainda proporcionar situações insólitas como as de um enterro que presenciei: um soar de tambores em ritmo lento e fúnebre enchia o ar naquela tarde morna. A garotada que saía de uma escola das proximidades começou a alvoroçar-se e a subir nos bancos das calçadas (existem bancos coloridos de espaço a espaço por toda a Tel-Aviv e Yafo). Os guardas começam a desviar o transito. A curiosidade açulada 9estimulada), resolvi conseguir um cantinho num banco para aguardar a “coisa”.

     O que seria? Alguma procissão? Alguma propaganda? Num crescendo assustador os sons aumentaram de mistura agora a uma cantilena ininteligível e monótona. Surgiu então um cortejo estranho e á frente um jovem sustentava no alto a tampa de um caixão tosco de madeira. Dos lados, dois rapazes carregavam archotes e mais atrás o grupo que tocava tambores, mas estes, surpreendentemente, eram moças! Bandeiras negras com legendas em árabe, coroas de flores naturais também com fitas pretas escritas em branco no mesmo idioma, e o padre, cujas vestes me deram logo a perceber que era o rito do maronita. No final, o defunto aparecia a descoberto no caixão sem tampa, suspenso nas palmas das mãos de inúmeros rapazes.

     À noite, em Tel-Aviv, sabia-se pelo noticiário que um jovem árabe fora assassinado por ouro na noite anterior em Yafo, por questões de drogas. Seria aquele o defunto da noticia?

     Quando assestei a digital para uma foto do enterro maronita, verifiquei com pesar que a  bateria  tinha acabado.  

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I am one of those guys with a fat address book - maybe because all my friends tell I'm charming and clever! But as far as I´m concerned, friendship is a club of seven people which was fully by the time I was 25. We all share the same interests, and we don´t make any demands on one another in emotional terms - which is something I would avoid like the plague. It´s not that I don´t like making new friends easily...They have to cativate me at first...We all grew up in the same social, professional and geographical world that we now occupy as adults. The group of seven offers me as much security and intimacy as I require!