Monday 18 January 2010

Espelho meu...




Que ninguém se engane, escrever é difícil, tão difícil quanto quebrar rochas, já dizia Clarice Lispector... Só escreve bem quem muito leu, ou nasceu com graças intelectuais suficientes para observar o mundo e seus viventes, interiorizando e exteriorizando informações, sons, cores, movimentos, olhos e focinhos... Há de se observar também as reações, as caras, as bocas, a obviedade e a hipocrisia das pessoas... Há de impor sofrimento e mais ainda, passar por sofrimentos, desapontamentos e outros agravos que só a convivência com o animal dito civilizado pode trazer... Na adolescência eu escrevia quando tinha o coração partido. Não que este tivesse se partido tantas vezes. Mas garanto que naquela época escrevia para mim e somente para mim, apesar dos elogios rasgados da professora de português. Não tardou que eu percebesse que escrever para mim  mesmo fizesse algum sentido... Eu queria era espalhar aos quatro cantos as minhas histórias, meus contratos e distratos com a vida... Não é de hoje que não gosto de eviscerar meus sentimentos em poemas doloridos ou textos que ninguém entende... Isso deve ser relegado ao trato com meus demônios particulares, mesmo os inferiores... Neste blog, amado leitor, tenho pontuado textos novos, recentes e mais antigos, sempre contanto dos meus afetos, desafetos e família, viagens e outros quetais... O importante é dizer a que vim! Enquanto isso presumo trazer-lhes algum regozijo, afinal, eu passarei, mas minhas palavras ficarão! Presumir-me  lembrado daqui a uma centena de anos  com certeza já me traz assaz encantamento, posto que, quando não mais habitar essas plagas, estarei feliz e sorridente em algum outro lugar, mesmo encantado!





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I am one of those guys with a fat address book - maybe because all my friends tell I'm charming and clever! But as far as I´m concerned, friendship is a club of seven people which was fully by the time I was 25. We all share the same interests, and we don´t make any demands on one another in emotional terms - which is something I would avoid like the plague. It´s not that I don´t like making new friends easily...They have to cativate me at first...We all grew up in the same social, professional and geographical world that we now occupy as adults. The group of seven offers me as much security and intimacy as I require!